MÁQUINA DE ESCREVER ||
DEZ LINHAS DE HISTÓRIA

Fotografia da minha autoria



«De repente, perder o rumo é encontrar novos caminhos»


Sou feita de fragmentos
Que apenas se desagregam
Estou desfeita em pedaços
Que não mais se colam
E ao fim de dez linhas de história
Quebro as minhas forças
E já não sei mover os traumas de lugar

Somos aquilo que sofremos
E eu fiquei um caco
Perdi-me da rota que tracei
Imobilizei os sonhos
Rompendo todos os pendentes
De um azul-mar
Que os ondulavam de esperança

Deixei de somar e dividi o amor
Aprendi a viver pela metade
Em doses subtis de mentiras

Levou-me o desejo
De voltar a ser uma só
Sem feridas desta guerra
Que combate no meu peito

Agora sou os estilhaços
De um vaso que caiu ao chão
Sem qualquer tipo de salvação

Sou fragmentos de pedaços teus
Quando regressas?

16 comments

  1. Magnífico como sempre. Já tinha saudades da tua poesia maravilhosa.

    Beijinho grande, minha querida!

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  2. Lindo como sempre :) Ler-te faz bem ao meu coracao <3

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  3. Tudo o que " nasce " um dia morre.
    Cumprimentos poéticos. Poema diferente mas muito assertivo e bonito de ler.
    Cumprimentos poéticos

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  4. Já tinha saudades destes poemas, somos feitos de fragmentos que transportamos na bagagem por vezes temos de aprender a lidar com ausências o tempo é o melhor conselheiro

    http://retromaggie.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Oh, obrigada, querida Magda!
      Não diria melhor, é isso mesmo

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  5. Todos somos feitos de fragmentos...
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Continuação de boa semana, amiga Andreia.
    Beijo.

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  6. Que palavras mais bonitas,
    Adorei bastante esse teu poema
    Beijinhos
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